quarta-feira, 30 de junho de 2010

MEU COTIDIANO E MEU MEDO

A soma de todos os medos
Subtraída pelo coração que ama
Medo de acordar cedo
E despedir-se da musa na cama

Sei que o dia não se resume
Nisso que chamamos de amor
Que nossa esperança é vagalume
Um dia alegria e outro dissabor

Mas tenho medo de sair de casa
Medo de ir ao trabalho e não voltar
Por isso que meu poema tem asa
Para nesse atalho poder sonhar

Decimar Biagini

EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais

EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais

domingo, 27 de junho de 2010

O RIACHO DA VIDA


Queria ser um riacho calmo
Que percorre a várzea infinda
Queria lutar sem ter o elmo
Da fúria que não é bem vinda

Queria preencher minha necessidade
Sem que viesse outra logo a diante
E nas curvas de cada relevo de ansiedade
Viesse a Musa a me fazer seu amante

E seguiria meu curso de forma serena
Na voz que ilumina o silêncio da mata
E paralelamente na canoa, minha morena
Atrás da saudade que fulmina e encanta

E incansáveis as trajetórias de minha alma
Que por ora vem a água a lavar as montanhas
De outra baila, em dias de seca, provoca trauma
E Deus chora, cura a mágoa, a aliviar entranhas

Então o grande encontro, a alma no rio deságua
E lá eu me desmonto, desfaz-se o riacho da vida
E o poema que hoje conto, é para ti, Musa querida

Decimar Biagini

sábado, 26 de junho de 2010

FALE-ME DA LIBERDADE, DO AMOR E DA VIDA

  • Fale-me da liberdade, querido poeta
    Como o cachorro que contempla o dono
    Preso em um momento de atenção
    Esperarei que alcance a sua meta
    Pois morro pelo que ostenta o trono
    Enquanto brilhar o sol na imensidão
    Manterei sua alma em página aberta
  • Solto como folha em brisa de outono
  • Fale-me do amor, querido poeta
    Como o escravo que serve seu senhor
    Preso sem direito à boa alimentação
    Esperarei por migalhas com alma inquieta
    E ali me encontrarei com teu esplendor
  • Pois de que vale o grilhão sem a libertação?
  • Fale-me da vida, querido poeta
    Como o pássaro que ensaia o primeiro salto
    Só amarei e serei verdadeiramente livre
    Quando aprender a lançar-me na hora certa
    Deixando que o amor me pegue de assalto
    E então verei o grande poema que não tive
  • Vendo na liberdade minha obra completa

    Decimar Biagini

sexta-feira, 25 de junho de 2010

POETA CEGO

Cada vez que me jogo
Neste teclado, frustrado
A má sorte que rogo
É para o ser amargurado

Que alma inquieta
Cujo escrever é engodo
Hoje me chamo poeta
Pois ser leitor é fogo

Não consigo ler minha alma
De forma contumaz a publico-a na rede
A interpretação alheia me acalma
O saciar é fugaz, logo vem a sede

Decimar Biagini

quinta-feira, 24 de junho de 2010




E lá estava ela escondida na janela com aqueles olhos vibrantes esperando o futuro chegar.

E lá estava ela com seu vestido amarelo floreado de azul esperando alguém lhe buscar.

E lá estava ela com seus cabelos dourados que a tia acabara de pentear.

Ela que brincava sozinha. Ela que chorava baixinho. Ela, que escutava músicas de um tempo que não lhe pertencia, mas que aprendeu a gostar.

Ela, que escondia embaixo da cama até que alguém desse falta, até que alguém entendesse que seu silêncio era sua maneira sutil de gritar.

E ia ela pra escola bem devagar. Mãos dadas com o tempo, atrelada a saudade que viria depois...Depois desse tempo passar.

E ia ela caminhando junto a brisa. E ia ela domando o vento, querendo o claro, ofuscando o sol.

E lá estava ela em seu mundo com lápis de cor. E lá estava ela com 12 cores e sonhando com 24.

E lá ficava ela com seu caderno encapado, com seu cabelo dourado, com seu vestido amarelo e com sua voz silenciosa.

E ia ela para o recreio...E ia ela pro carrossel de metal vermelho.

E lá ela rodava,.. e lá ela sorria...e lá ela sonhava.

E lá ia ela de volta pra casa com seu lápis de cor

E ia ela pintando cada caminho por onde passou.

E lá se foi ela...caminhos pintados, cabelos dourados...branca de dá dó.

E lá se foi ela...E lá se foi a janela, o pôr do sol, o carrossel, o vestido amarelo, o tempo dela.

Lá se foi...

E ela ficou com o caderno encapado, com o lápis de cor, com o cabelo dourado, com o grito sufocado.

E lá está ela em nova janela tentando colorir o mundo com apenas uma cor.

E aqui está ela, fazendo versos, na madrugada...falando de amor!

E aqui está ela. Lá! Seu pequeno nome.

Lá???? Lá vai ela dançando no vento, no seu tempo, no silêncio...comprar seu sonho de lápis de cor.



LÁ FADEL

-25/06/10- 00:34hs

sábado, 12 de junho de 2010

O AMOR NÃO É...


Bom-dia Lara.




Tomei a liberdade de "roubar" os dois primeiros versos teus, para compor esse poema, espero que gostes:



O AMOR NÃO É. . .



O amor não é água

fácil de se colocar em potes.

O amor é sentimento sem trégua

sempre fugindo de triviais banalidades.



O amor não é estultice

a medrar em mentes parcas.

O amor é divino cálice

no qual se bebe todas as delícias.



O amor não é drama

capaz de destroçar corações ingênuos.

O amor é a sublimidade da alma

a elevar-se do solo em altíssimos voos.



O amor não é momento

efêmero como a claridade de um relâmpago.

O amor é essência que nos livra do tormento

e nos penetra o coração até o âmago.



O amor não é fátua impressão

que chega e logo vai embora.

O amor é o espírito em expansão

em busca da mais luzidia aurora.



- por JL Semeador, sobre os dois primeiros versos da Poeta Larissa Fadel -

O INÍCIO

Tudo começou pelas idéias e confesso que demorou até chegar ao papel. Depois de alguns anos, os papéis ficaram amarelados e resolvi digitar tudo. Então percebi que era muita coisa, muitos sentimentos, muitas flores e muitos espinhos.O incentivo que dava à minha mãe para publicar um livro, passou ser o meu incentivo.Nos meus escritos, por assim dizer, tem um pouco de tudo, um pouco da vida, falo da natureza, das coisas simples, sofisticadas, de mim, de alegrias, triztezas, decepções, drogas e vontade de ver pessoas cada vez melhores a fim de construir , ou reconstruir esse mundo para legá-lo a gerações futuras.Sou jurista e não advogada. Não advogo porque não é minha vocação. Adoro ler e estudar, por isso migrei para a área científica do Direito.A minha verdadeira vocação é ARTES. De todo tipo: Dança, teatro, Artes plásticas, música, fotografias!Sou do tipo de tem ALMA DE ARTISTA. Sou cheia de ideais e esse fato muitas vezes me leva à profundas decepções, mas também tem suas recompensas. Então fico com as recompensas!Tenho um propósito bem latente hoje: O COMBATE ÁS DROGAS. A Droga é um Câncer e não prejudica e mata só quem a utliliza, destrói também a família.Poesia, hoje para mim, é um modo de vida. Uma maneira que encontrei para descarregar sentimentos oprimidos. Então escrevo muito. Tenho poesias mirabolantes até as mais singelas.MÚSICA: ahhhh, a música, o que seria do ser humano sem uma melodia. Apesar de já ter feito piano, violão e flauta, não toco, mas gosto de ouvir as mais variadas canções e os mais variados artistas. Comecei a valorizar também a música sem rótulos. Sim. Aquele que seu vizinho compôs e você acha bonita, aquela que você compôs e gostaria de gravar. Eu, por exemplo tenho várias letras de músicas, só falta a melodia-por pouco tempo!O verbo desse blog é FAZER!Já deixei de ficar de braços cruzados a muito tempo. Sempre fiz. No meu tempo...mas sempre fiz!Consigo hoje, pensar 10 vezes antes de falar, pois posso magoar alguém ou minha fala pode ser fruto de uma mentira ou fofoca, então procuro cultivar a fala amorosa e deixar de lado a fala imprópria e inadequada.Por muitos anos analisei a palavra PERDÃO; e sinceramente acho muito difícil perdoar. Então arranjei uma saída: NÃO ME OFENDER! Dessa forma não preciso perdoar, porque não fui ofendida.Gosto muito de ler e estudar filosofia e ultimamente estou estudando doutrinas e religiões orientais.Apesar de não parecer, eu tenho uma tremenda habilidade para falar em público, principalmente com a platéia cheia. Quanto mais gente melhor.A DANÇA: é minha asa. Dançando consigo voar, plainar...Gosto de danças nas suas diversas formas, só não me convide pra dançar Funk.ARTES PLÁSTICAS: a pintura , seja ela qual for é o nosso retrato do dia. Gosto muito de pintar. Me relaxa e eu viajo nas cores. Gosto de Monet, Picasso e Portinari. Acho Da Vinci incrível, mas não faz meu estilo. Bem, adoro artistas desconhecidos, aliás são os que eu mais gosto.Quando a gente cresce, percebe que ser uma constante na vida é praticamente impossível. Nós somos seres de "altos e baixos", principalmente nos dias de hoje, onde as doenças mentais cresceram absurdamente. As pessoas hoje são tão preocupadas, correm de um lado para outro, as crianças sofrem de hiperatividade, ninguém tem gentileza no trânsito, ninguém tem mais paciencia.O mundo precisa urgente de uma palavrinha mágica chamada TOLERÂNCIA! A TOLERÂNCIA no meu ponto de vista, é a bola da vez desse século. E quando digo tolerância falo de sentido amplo. Tolerancia no trânsito, no trabalho, dentro de casa, ao telefone, com amigos, com estranhos, com a natureza, com o planeta, com VOCÊ! Sim. Temos que ser tolerantes com nós mesmos também. Se eu não consigo ser tolerante e amável comigo mesma, como conseguirei ser com quem está ao meu lado?É isso, aos poucos todos que entrarem ou participarem desse blog irão me conhecer um pouquinho melhor e o mais importante, se esforçarão para ser pessoas melhores.COMO NÃO POSSO MUDAR O MUNDO, VOU COMECAR PELAS PESSOAS!Larissa