domingo, 24 de agosto de 2008

Hora de fazer mais curativos

Após o glorioso 29 de agosto de 2004, quando festejou o ouro em Atenas, a seleção masculina de vôlei mergulhou num ciclo olímpico cheio de transtornos. Até este domingo, correram 47 meses, 26 dias e algumas horas de provação para um time que um dia pareceu imbatível. Crises internas, bate-bocas, derrotas dolorosas, feridas que, aparentemente, só poderiam ser fechadas no degrau mais alto do pódio em Pequim. Pois é hora de fazer mais curativos.

Por Marco Leite
Diante da derrota aparecem os problemas...
... a seleção brasileira de vôlei ganhou tudo que podia ganhar durante longos oito anos, e ontem caiu diante dos Estados Unidos. Um time que não é melhor que a nossa seleção, mas eles tinham uma coisa que o Brasil perdeu - o desejo de superar seus limites e vencer o que parecia impossível -, foi assim com as meninas do vôlei feminino de nosso país. O Brasil parecia cansado e sem objetivos a serem alcançados, pois já tinham ganho tudo durante essa geração fantástica que surgiu há oito anos.
Na recuperação das drogas e do comportamento isso também pode acontecer, às vezes permanecemos durante longo período em abstinência e ocorre que, com isso, reavemos tudo que tínhamos perdido: família, bens, auto-estima, o reconhecimento social e profissional, entre tantas outras coisas que poderia citar. Viramos vencedores e perdemos nosso objetivo principal, e que nos é ensinado, que é o de continuar sempre buscando algo a mais para poder atingir a sobriedade, que para os adictos é muito mais do que está no dicionário. Achamos que já somos vencedores e deixamos escapar muito da caminhada dos 12 passos. Eles nos ensinam sobre a Espiritualidade: fundamental para uma vida de recuperação é admitir que sozinhos não vencemos nada; a Auto-vigia: sem isso podemos tropeçar nas pequenas coisas, já que as grandes são fáceis de ver; Humildade: que facilmente perdemos quando esquecemos que estamos em recuperação e quando praticamos o 6º e o 7º passos; a Honestidade: para admitir que esquecemos de onde viemos e o que passamos e, principalmente, que o domínio sobre nossas vidas já não nos pertence e sim a Ele (1º e 3º passos).
Entendo que o Brasil do vôlei não poderia ganhar para sempre, mas nós em recuperação não podemos nos dar ao luxo de relaxar, pois se o fazemos corremos o risco de nos machucar muito mais do que já estivemos machucados algumas 24 horas atrás. E se isso ocorre é realmente a hora de fazer mais curativos, mas não podemos jamais esquecer de vez em vez olharmos para nossas cicatrizes e aprender com elas. Só assim poderemos realmente ser vencedores em uma vida de recuperação. Que apesar de tudo esse “Só por hoje” deve durar para sempre.

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" a lição sabemos de cor, só nos resta aprender!"
Larissa

O INÍCIO

Tudo começou pelas idéias e confesso que demorou até chegar ao papel. Depois de alguns anos, os papéis ficaram amarelados e resolvi digitar tudo. Então percebi que era muita coisa, muitos sentimentos, muitas flores e muitos espinhos.O incentivo que dava à minha mãe para publicar um livro, passou ser o meu incentivo.Nos meus escritos, por assim dizer, tem um pouco de tudo, um pouco da vida, falo da natureza, das coisas simples, sofisticadas, de mim, de alegrias, triztezas, decepções, drogas e vontade de ver pessoas cada vez melhores a fim de construir , ou reconstruir esse mundo para legá-lo a gerações futuras.Sou jurista e não advogada. Não advogo porque não é minha vocação. Adoro ler e estudar, por isso migrei para a área científica do Direito.A minha verdadeira vocação é ARTES. De todo tipo: Dança, teatro, Artes plásticas, música, fotografias!Sou do tipo de tem ALMA DE ARTISTA. Sou cheia de ideais e esse fato muitas vezes me leva à profundas decepções, mas também tem suas recompensas. Então fico com as recompensas!Tenho um propósito bem latente hoje: O COMBATE ÁS DROGAS. A Droga é um Câncer e não prejudica e mata só quem a utliliza, destrói também a família.Poesia, hoje para mim, é um modo de vida. Uma maneira que encontrei para descarregar sentimentos oprimidos. Então escrevo muito. Tenho poesias mirabolantes até as mais singelas.MÚSICA: ahhhh, a música, o que seria do ser humano sem uma melodia. Apesar de já ter feito piano, violão e flauta, não toco, mas gosto de ouvir as mais variadas canções e os mais variados artistas. Comecei a valorizar também a música sem rótulos. Sim. Aquele que seu vizinho compôs e você acha bonita, aquela que você compôs e gostaria de gravar. Eu, por exemplo tenho várias letras de músicas, só falta a melodia-por pouco tempo!O verbo desse blog é FAZER!Já deixei de ficar de braços cruzados a muito tempo. Sempre fiz. No meu tempo...mas sempre fiz!Consigo hoje, pensar 10 vezes antes de falar, pois posso magoar alguém ou minha fala pode ser fruto de uma mentira ou fofoca, então procuro cultivar a fala amorosa e deixar de lado a fala imprópria e inadequada.Por muitos anos analisei a palavra PERDÃO; e sinceramente acho muito difícil perdoar. Então arranjei uma saída: NÃO ME OFENDER! Dessa forma não preciso perdoar, porque não fui ofendida.Gosto muito de ler e estudar filosofia e ultimamente estou estudando doutrinas e religiões orientais.Apesar de não parecer, eu tenho uma tremenda habilidade para falar em público, principalmente com a platéia cheia. Quanto mais gente melhor.A DANÇA: é minha asa. Dançando consigo voar, plainar...Gosto de danças nas suas diversas formas, só não me convide pra dançar Funk.ARTES PLÁSTICAS: a pintura , seja ela qual for é o nosso retrato do dia. Gosto muito de pintar. Me relaxa e eu viajo nas cores. Gosto de Monet, Picasso e Portinari. Acho Da Vinci incrível, mas não faz meu estilo. Bem, adoro artistas desconhecidos, aliás são os que eu mais gosto.Quando a gente cresce, percebe que ser uma constante na vida é praticamente impossível. Nós somos seres de "altos e baixos", principalmente nos dias de hoje, onde as doenças mentais cresceram absurdamente. As pessoas hoje são tão preocupadas, correm de um lado para outro, as crianças sofrem de hiperatividade, ninguém tem gentileza no trânsito, ninguém tem mais paciencia.O mundo precisa urgente de uma palavrinha mágica chamada TOLERÂNCIA! A TOLERÂNCIA no meu ponto de vista, é a bola da vez desse século. E quando digo tolerância falo de sentido amplo. Tolerancia no trânsito, no trabalho, dentro de casa, ao telefone, com amigos, com estranhos, com a natureza, com o planeta, com VOCÊ! Sim. Temos que ser tolerantes com nós mesmos também. Se eu não consigo ser tolerante e amável comigo mesma, como conseguirei ser com quem está ao meu lado?É isso, aos poucos todos que entrarem ou participarem desse blog irão me conhecer um pouquinho melhor e o mais importante, se esforçarão para ser pessoas melhores.COMO NÃO POSSO MUDAR O MUNDO, VOU COMECAR PELAS PESSOAS!Larissa